2024: o ano do rebranding
Douglas Schneider
Designer membro do Time Nascimento Marketing de Conteúdo e Mídias
O rebranding, em sua tradução literal, significa reformulação de marca, abrangendo desde o posicionamento, público e valores até o símbolo que representa a empresa. Essa transformação não é apenas estética, mas estratégica, refletindo o momento atual da sociedade e as novas demandas do mercado. O ano de 2024 parece ter sido eleito como o “ano” do rebranding em todo o mundo.
Marcas tradicionais como Itaú e Lamborghini passaram por rebrandings recentes, buscando se atualizar para novos mercados e conectar-se tanto com o público mais jovem, quanto com seus clientes fiéis. Essas mudanças são vistas não como uma ruptura, mas como uma evolução necessária para se manterem relevantes. Atentas ao movimento do mercado e, principalmente, à continuidade do negócio e à adaptação aos novos públicos, as marcas que estão há um bom tempo no mercado veem essa remodelação como uma tendência da comunicação atual.
Designers de marca têm explorado amplamente o contexto social para criar identidades que estejam alinhadas com o presente. Essa abordagem é fundamental para marcas que precisam se rejuvenescer ou acompanhar o momento atual. Por isso, marcas que passam por um rebranding muitas vezes transmitem uma sensação de modernidade.
Antigamente, os ajustes em uma marca levavam anos para ocorrer, com o objetivo de preservar a confiança conquistada. Hoje, as mudanças são quase anuais, sejam elas grandes ou sutis. Esse ritmo acelerado é impulsionado pelo avanço tecnológico e pela necessidade das marcas de estarem presentes em múltiplos ambientes — tanto físicos quanto digitais. Quando uma marca migra para o digital, diversos ajustes são necessários, como adaptação de cores, tipografia, contraste e diferenciação em relação a concorrentes globais. A comunicação precisa sempre caminhar junto, antecipando tendências e posicionamentos. Não é à toa que o símbolo da publicidade é um “galo de óculos”, que acorda mais cedo e vê à frente, ou seja, antecipa o que virá.
Muitos empresários ainda resistem a essa transformação, temendo perder a essência de suas marcas. No entanto, essa hesitação pode resultar em uma imagem antiquada, o que pode não ser necessariamente ruim, se esse for o objetivo da empresa. Por outro lado, quem busca surfar na onda da contemporaneidade e renovar seu público de forma constante precisa estar atento à mutação contínua das marcas e seus manuais.
Se a sua marca já está há algum tempo no mercado, talvez seja o momento de considerar uma atualização na sua identidade, seja no meio físico ou digital. Estar em sintonia com as tendências é essencial para se manter relevante em um mercado que muda constantemente.